sábado, 24 de janeiro de 2009

Este poema escrevi há quase 9 anos. É um dos meus favoritos e diz muito de mim, ontem e hoje:

Quero
Quero uma pomba da paz
livre num mundo sem fim
Um poeta de Marte
que escreva versos pra mim
Uma flor de alegria
plantada no meu jardim
Quero escutar um sonho
nas batidas de um coração-criança
Inventar uma palavra
forte, bonita, mansa
Quero tocar a vida
nas cordas de um violão
Conhecer o mundo
nas linhas de minha mão
Quero sorrisos de luz
para quem não sabe ser feliz
Uma fada-madrinha
que me aceite como aprendiz
Inventarei um dicionário
pra traduzir o que a brisa diz
Montarei no cavalo alado
que galopa nos anéis de Saturno
Pintarei o amor de Deus
com as tintas de outro mundo
E plantarei ouro no quintal
daquele belo vagabundo
E quem sabe um dia
não esbarre numa esquina
Qualquer
Com estes sonhos escritos
nos olhos de um doce pangaré
Que estará esperando-me
sem selas, livre
para me levar a este outro mundo
no qual poderei ter
toda esta doce e louca magia
que um dia sonhei
querer, viver, SER!

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