Deserto Particular
O deserto que inventei
É quente de calor frio
Não possue flores
Os oásis brincam...
De se esconder de mim
O eco é estridente
Do barulho que não faço
A areia desbotou-se
Da chuva que não cai
O caminho está gasto
Pelo peso de pés que não sentiu
E o céu?
O céu disfarça-se de azul
Azul morto pelo brilho do Sol
Que amarelo finge sorrir
O vento ferido não sopra
E a brisa arrependida
Parou no ar para meditar
Nem as palavras passeiam.
Deprimiram-se!
Os ouvidos angustiados
Choram solitários
Sem som, sem som...
Toda e qualquer vida
Sumiu...estinguiu-se
Fiquei só
Sem eco, sem voz
Neste deserto
Que criei
Para ser
meu.
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